Parte insubstituível da produção artística portuguesa dos últimos quinhentos anos, o azulejo é, paradoxalmente, ainda mal conhecido. Um projecto de investigação procura preencher o vazio.
Texto e Fotografia: António Luís Campos
A manhã cinzenta e fresca de Primavera não esmorece o entusiasmo patente nos rostos que aguardam pacientemente na fila para a bilheteira. No átrio de entrada, dezenas de olhos, na sua maioria verdes, azuis e cinzentos, a condizer com as peles claras e cabelos cor de trigo, denunciam a curiosidade que antecipa a visita a um dos museus mais especiais de Portugal: o Museu Nacional do Azulejo (MNA). É o terceiro mais visitado da rede da Direcção-Geral do Património Cultural e regista uma extraordinária percentagem de estrangeiros, sinal de que o azulejo é um património único e cada vez mais reconhecido como um dos símbolos da portugalidade.
Alexandre Pais é o nosso anfitrião. Curador do MNA, é um dos responsáveis pelo projecto de investigação AzuRe, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e que conta ainda com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e o Laboratório HERCULES da Universidade de Évora como parceiros. O AzuRe foi concebido para estudar a fundo a história, evolução e práticas de produção do azulejo no país para substanciar uma candidatura futura a Património Material da UNESCO.
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Fonte: Nationalgeographic